Monday, February 28, 2005

Vida


Memorias de um futuro a desejar um passado,
a relembrar o presente,
reminiscencias de primaveras idas,
a recordar um inverno abandonado.
Veroes gelidos,
calvagadas intrepidas
por entre planicies verdejantes,
a cumplicidade de amantes,
debaixo de um sol queimado em gelo.
Desertos misticos,
repletos da minha essencia,
envolto num aurora boreal,
dadivas divinas à imensidao,
de vazio que deambula,
entre vagas de solidao.
Sera que alguem ouve,
os gritos do vento,
as confissoes na dor do momento.
Sera que alguem sente a sua revolta,
a sua sede de reconstruçao,
o querer fugir de si proprio,
num rasto de decandencia.
Recluso da minha noite,
amante de ventos incertos,
procuro um caminho de volta
a um instante,
que nao sei se alguma vez vivi.
Nao mereço esse sol,
nao mereço compaixao,
caminharei sozinho,
por entre vos,
a semente da minha destruiçao.
Tanto que nos faz querer viver,
tanto que nos faz querer morrer,
nas ultimas notas de um piano moribundo,
as lagrimas que embelezam as rosas no teu pranto.
A imortalidade das palavras,
nos olhos de uma mortalidade sofrida
caminho por entre o que nao consigo escrever,
a alma amarrada,
por uma beleza que nao consigo entender.
As corvos abandonaram os rochedos,
num luar sem medo,
num dia que se escondeu
algo em mim se perdeu.
Como marionetas,
nos braços do destino,
sorrio
pois nao ha mais nada a temer,
so a vontade de me afogar no luar
que a minha alma inunda.
Sera a sabedoria
alegoria de uma paixao
nos braços da poesia
alguem me de a mao.
Escravos do tempo
escravos do pensamento
sejamos algo por um momento
sintamos a beleza
do que amamos
esse é o nosso sonho de imortalidade
a inocencia no levantar do veu da saudade
por sentir desperamos.
Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!
Requeim aeternam dona eis, Domine.

Latim-
O destino esta contra mim na saude e na virtude, levado e submerso sempre aprisionado.Por isso neste instante e sem demoras rebenta as cordas que vibram ja que o destino ira tomar o homem das cordas. Senhor concede-lhes descanso eterno.

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