Sunday, February 13, 2005

Amanhecer


Ao passar de uma vida,
um instante iluminado,
desaparecem as estrelas que te amavam,
os teus pequenos frageis passos,
encaminhavam,
que te amavam.
Gritos surdos,
em templos destruidos,
deuses perdidos
uma infançia terminada,
nos gritos
na tua paz
outrora glorificada.
Mundos de sons ameaçados,
florestas de metal,
vidros partidos,
de coraçoes despedaçados,
ao sabor do vento,
gemidos sofridos,
das lagrimas...
esse teu mal.
Seras capaz de guardar num momento,
as estrelas que te sorriram,
e com lagrimas de sangue
se despediram.
Na noite em teus braços,
a inocencia,
ja sabes o que e sofrer,
a solidao de um acordar,
so com os gritos para amar
nada mais tens a perder.
Ama as tuas lagrimas
nelas encontraras a paz
a tua noite sera eterna,
numa vida fogaz
a tua dor terna...
lembrança
das estrelas que um dia te sorriram.
As laminas que te despedaçam a pele
abraços de luar
anjos perdidos,
ideais afogados,
na solidao que ha em mim.
No teu sangue
o universo,
sorri,
o teu amor nao tera fim
tudo o que perdi
tudo o que lutei,
todos os que amei
viverao para sempre em ti.
Amanhece...
Durmo em mim.

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