Tuesday, June 26, 2007

Nenufares





Olha o rio,
o arco iris continuamente solúvel,
olha o mar,
o ódio sempre crescente..
Quando a lua se divide
aos espamos de um menino
perdido do arco-iris, longe do ódio..
choram os pais..
caiem as ervas..
assume-se a distância..
As pessoas passam,
imunes na sua ignorância,
numa precipitação amorfa.
Amorfa,
pois fútil e enlutada.
Leio sobre os que foram,
à sombra de um nenúfar,
adormeço na tela
nas mãos que tocam o arco-iris..
mas vejo-me só no mar..
Quando caiem os nenûfares..
cai um sonho,
porque ningúem morre connosco a sonhar..