Monday, January 31, 2005

Sacrificios



Ceus negros de prazer,
sacrifios inhumanos,
um sombra,
enlutados prantos
no desfiar da alma,
na perdiçao de se tomar.
Por ti..
so por ti,
vestida de negro,
para uma ultima dança,
contemplaçao deitada ao tempo.
Abraçado pela incerteza,
uma lagrima de duvida nos teus olhos,
uma fonte de vida,
na dor da solidao.
Dolor nil finis.
Uno.
para toda a eternidade,
disperso,
cinzas levadas pelo vento,
beijadas pela verdade.
Requiem aeternam dona eis, Domine.

Friday, January 28, 2005

Resnascer

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Voltar a um principio infinito,
um por do sol parado no tempo,
um reflexo de despedida,
nas ondas de um violino que em mim chora.
O regresso a um nascimento adiado,
a procura de uma atlantida perdida,
por entre a chuva que cai,
nestas ruas de almas desposadas,
neste caminho desolado.
Vagabundo perdido pelas avenidas da tristeza,
mergulho nas lagrimas deitadas ao vento,
beijadas pelo fumo, pelo nevoeiro
que de mim emerge.
Chorai,
afoga a tua alma ferida,
beija-te a ti proprio na despedida...
na partida, um lamento,
a dor de seres tu proprio por um breve momento
e morrer,
nos braços dos espinhos que te iluminam.
Renasce...
Renasce para outro por do sol,
renasce para uma babilonia desconstruida,
para mais uma lagrima ao meu lado,
para a beleza de uma catarse despida.

Thursday, January 27, 2005

Envelhecer



Uma coroa de flores perdida por entre as rochas que em mim plantaste.Os meus olhos deleitam-se com o infinito, com a imortalidade perdida ao teu toque gelado.Desvaneço ao tocar nas tuas ultimas esperanças, memorias insensiveis de um futuro renunciado à dor de um passado esteril.Queria envelhecer,ter o prazer de um ultimo suspiro em teus braços.mas de ti so esta coroa de espinhos que me envolve o coraçao.

Wednesday, January 26, 2005

Caminhar



Pensamentos alucinados,
na vertigem do ser,
a minha alma renegada,
no prazer de sofrer.
Caminho na tua direcçao,
caido a meus pes,
caminho para te encontrar,
choro pela tua beleza,
por em ti ser compreendido,
pela a minha alma ter em ti uma esperança.
Ser lindo,
a tua incerteza alimenta-me alma,
saber que conseguirei voar,
saber que no diamante dos teus olhos irei amar.
As nossas almas abraçadas,
embriagadas no prazer de sentir.
Caminho despido,
nu da minha alma,
incerto do que irei encontrar,
na vergonha de ter que chorar,
na vergonha de ter que amar.
Iremos morrer,
e esse o nosso triste fado,
mas nas minhas lagrimas imortais,
todo o teu ser sera amado.
Morreremos na cruz do nosso perdao,
na cruz da nossa incerteza.
mas a bençao de caminhar,
perdidos em desvarios do coraçao
sera nossa para toda a eternidade.

"Jesus wept so man could live forever on earth. In peace
But my tears. They fall for you. Only you". - Aaron Stainthorpe My Dying Bride - The angel and the dark river- Two Winters Only

A um amigo especial....Uma inspiraçao...

Nevoeiro

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Nestas manhas de outono onde so os teus braços me aquecem, onde os vidros choram ao toque das nossas maos, quero perder-me no nevoeiro que rodeia esta lareira que nos aquece.Elevar-me nos seus braços e nele me dissolver, ser misterio sobre a terra que me chama.Tocar de leve a face de quem em mim se aventura e esconder a sua beleza, libertar a sua essencia e ser na minha noite uma nova aurora.O renascer, o acordar para olhos de uma criança que brinca pela primeira vez.O acordar para a inocencia diluida nas suas lagrimas, evaporada a cada suspiro do seu coraçao.Visoes de uma atlantida perdida nas ruas da sua decandencia.Quero ser nevoeiro, herdeiro de belezas perdidas e em mim recolhidas.Herdeiro da maresia, guardiao da criança que brinca pela minha alma..
Abraça-me, deixa-me sentir o leve toque dos teus labios.Abraça-me, e deixa-me esperar nos teus braços pelos sol que levantara este nevoeiro..

Recolhimento

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Por entre o calor sinto frio,
a luz que te aquece,
em mim causa receio,
arrepios gelados de uma solidao,
que teima em amar-me.
Recolho-me nos mundos que crio,
nas almas que vejo,
nas ondas que me inundam..
Afogo-me em mares de melancolia,
mares que sao a minha vida,
e me conduzirao à morte..
Entrego-me às minhas maos,
às maos que me criam,
às maos onde me perco e me encontro.
Procuro um ultimo refugio...
Longe de mim,
sonhos de pura alucinaçao,
na castidade de um coraçao que ja sentiu,
na teimosia de uma mente que tenta em regressar..
Voar nos asas de um tempo que em ti foge,
um regresso ao sonho da inocencia.

Thursday, January 20, 2005

Eternidade

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Jardins de infinita beleza.Flores beijadas pela neve que tomas em teu regaço. Passeias-te entre a beleza que queres ter, pela paz que queres sentir.O toque frio da neve na sua simplicidade aquece-te a alma.Colhes uma rosa, sonhos de amor na dureza da terra germinados, queres toma-la em ti, sentir o abraço pelas suas petalas, os seus espinhos a tocar-te a pele,a metamorfose do ser na assumiçao da beleza. renascer e viver.Queres parar o tempo, que o infinito seja esse extase que sentes, essa beleza que em ti agora vive.Gritos, gritos de solidao ecoam por jardins outrora floridos, gritos de dor, nas tuas maos a rosa morre.É esse o destino de tudo o que é belo, de tudo o que é puro e etereo. ser admirado, dar-nos visoes de vida e morrer. Apenas a dor, a perdiçao de sermos amantes é eterna...Quero renunciar-me a mim mesmo.....Dançar nos braços do infinito,ser um momento no tempo, uma lagrima prestes a cair nos teus olhos..Choro pela minha alma..

Wednesday, January 19, 2005

Tragedia

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Poeta de sentimentos perdidos, poeta de madrugadas passadas a desejar a nemesis divina, uma ultima brisa de justiça nas palavras deitadas ao vento.Vivo para a tragedia, para a saudade, para a tristeza.A vida e em mim uma tragedia, uma noite em que a lua se escondeu, um sonho nas asas de um pesadelo..Voo-o pra bem longe em direcçao ao mar, mergulhar neste imenso negro que a poesia em mim liberta e sou feliz.Apaixonado pelo vislumbrar da imortalidade no levantar do suave veu da saudade.Escravo de mim mesmo, na minha consciencia a saudade e destruida, a imortalidade renegada.Queria tomar em mim o universo, sentir tudo o que ja existiu e existe e ser o vazio em mim.Ter a minha alma rasgada por momentos de luz...Breves raios de luz, murmurios de alma gelados pela melancolia que em mim governa.