Tuesday, February 22, 2005

Ser


Ser algo mais
mais que a multiplicidade de espelhos
vazios..
que me reflectem.
Correr com vento
conversar com as divindades que perdi
sentir a natureza a viver em mim
lembrar-me de como sorri.
Quero criar imperios,
a uniao de toda a minha alma em mim,
discutir
e repousar nos meus braços.
Nada existe fora de mim
a ultima soluçao..
um ultimo refugio..
para algo que nao quero encontrar.
Fugir do meu destino
abraçar a minha solidao..
musa do meu fado,
voz do meu coraçao.
A dor como revelaçao
choro de primavera
num inverno branco
a minha alma e uma quimera.
Vivo por entre sonhos
um reflexo num espelho
sozinho na noite.
vazio no desejo
O fortuna,
sofrer as maos de um destino,
impediodoso e temerario,
impotente e incapaz.
So o caos e o vazio em mim.
A minha alma e filha da chuva
gota que me quer alimentar
lagrimas que me fazem sonhar.
Ilhas de paz
gotas de orvalhos
nas petalas que ardem em mim
que sentimento voraz
caminho entre o principio e fim
Choro ao ver os navios partir...

1 comment:

Anonymous said...

oi gajo.
o poema tá lindo.
Dá que pensar e muito. Pensar em ser, pensar n que somos, no que queremos ser e que nunca fomos.
Um grande abraço da filipa