Thursday, March 17, 2005

Vergonha



A minha consciencia
entidade mascarada
manifestaçao corporea dos meus medos
a minha alma devastada.
Amarrado por muros de vergonha
sinto a vida a diluir-se em mim
deitado ao mar
as piramides escondem o sol
o dia tem em mim o seu fim.
Um beijo de despedida
de uma sanidade em lagrimas
abandonado de mim mesmo
so o medo fica.
O teu odio reflectido num espelho
engano de que os teus olhos sofrem,
o que te aconteceu,
quando deixaste de ser livre
o que é que em ti se perdeu,
quando é que em ti uma alma nasceu.
Ao passar do cabo das tormentas
o nascimento de um universo oco
sentir a beleza da vida,
um momento morto no tempo
abrupta realidade
o regresso da tua mentira.

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