Wednesday, October 24, 2007

A minha elegia






I wish i could smoke this night
inhale it as the pain of being awaken for long
doesn't drive me mad.
I wish i could swim,
let the water flood my body
and carry me back and forth
without a reason why..
i wish i could travel,
let my soul fulfill itself
as just another mathematical projection
frozen in time,
a builder of dreams..
I dreamnt of an old man
gathering a burnt newspaper from the ground,
a throwned out treasure,
pieces of god glued by inocense,
and i did smile at him
before he was taken away,
for he had not known me,
just a shared consciousness
of how life is an empty concept
He waved goodbye,
and we parted ways,
accompanied by a mid afternoon october rain,
and i saw that old man's life passing through me,
as softly as blades had pierced my skin before,
and i walked,
getting away from that old man,
not looking back,
there is nothing worse in life,
than feeling beauty and watching it show its true silhouete..
I got home,
and lit my last cigarrete,
perhaps that consciousness had not hit me yet,
but there i stood
just like in another day,
with work on my desk,
some books i did plan to read,
and music coming from the neighbours appartment.
I thought about some people i had met..
how things could have been different
had i been different.
But we do not choose who we are,
we can embezel ourselves or make ourselves scarse,
but in the end
what we are is eternally with us..
I look back a couple of years,
not with regret nor with sorrow,
to the things i'd done,
the few people that touched me,
those that tried to give me hope,
despicable word really,
i do remember them fondly,
like the last birthday of your childhood,
far away,fading...
a fence in the garden you'll lay in.
Some of my old writings tend to leave me a bit sad,
of tenacity and strenght that has long since abandoned,
i leave them here as paintings,
paving the floor,
covering this abyss..
I'm going to close my eyes now...

Horror

Sinto-me bombardeado,
inconstante e fraco,
tenho horror à minha consciência,
à promiscuidade da minha alma,
ao sonho do meu passado.
Acordo e grito,
tenho medo ao sair,
de me libertar do que me destroi,
fechem as janelas,
prendam-me aos mãos,
não me deixem só,
o meu corpo,
dominio e escravo,
tenho horror à minha humanidade,
de me construir,
a cada dia que passa,
de abraçar a estupidez
como esperança..
Sinto-me deserto,
impotente perante
a lineriarização do meu destino,
e não sei como fugir..

Alone

Alone
going down this ephemerous path
my eyes fly away
as they pass through
let them be..
face the ground
and wait for your consciousness
to find hope once again..
I've reached my destiny
and soon i begin to lie..
as the days without light
veil my soul..
Let them be..
Now here i stand
with only my sorrow to feed
my emptiness..
Empty words
cannot make a soul thrive
upon their ignorance
i stand alone
My dreams do care me away
through life and pain
mournfully dehidrated
staring at the cold still waters
as they leave
into continuous dissolutiom.
Your ignorant pittyful eyes
watch me drown
awaken to myself..
to live..to fight..to find love...
let them be..
and meet thy angels..
meet their Christian despair
as i live without hope..
without you...

My tribute to Shape of Despair..and a glimpse at whom i really am..

An Elegy to a Succumbed Friend

I feel the silence
going through your mind,
i see you lying
on green pastures,
your peaceful eyes
as the wind caresses your redful eyes
you are one at last,
i can see you dreaming
being pulled to life,
i can feel the beat your heart,
as you open your eyes
to the ceiling..
your dreams dissipating
causing me to shiver alone,
anguished to despair..
I saw your presence,
on this empty shell,
it feels like a lifetime has swallowned me whole,
passing through your house,
in the dissolution of tears,
at light speed yet so slow,
i see my own death,
scraping pieces of my flesh..
There were dreams,
there were spontaneous hopes,
but i should have known better,
pain is everything we can ever feel..

i *bow* before you my friend

Friday, September 28, 2007

A verdadeira face da alma

Quando nasci
vi começar o mundo a decair,
julgei criar uma alma
e a voçes me juntar.
Adorei viver esses momentos
sentir a liberdade das palavras
e a vossa mão a levar-me a sorrir.
Mas ao nascer
a morte em mim acaba por se mostrar,
julguei rir-me
julguei devolver o afecto
julguei abraçar a estupidez de falar,
julguei conscientemente sem pensar,
doente mental no caleidoscópio de emoçoes,
mas ai conheceram-me
e parei.
Quero manter a liberdade que me trouxeram,
a paz que ao longo dos dias e por entre as noites
julguei possuir,
mas isso significa continuar sem mim..
deixar-me para trás..
e de voçes me esconder,
como no dia em que pensei poder viver.
Pedia-vos perdão,
por me terem conhecido,
pedia-vos compreensão,
e sei que aceitarão o que acabei por manter destruido.


"
Theres a million mouths to feed
And Ive got everything I need
Im breathing
And theres a hurting thing inside
But Ive got everything to hide
Im grieving "

http://www.youtube.com/watch?v=wa_lkpBVkXU

Tuesday, July 31, 2007

Sei la




Que palavras vale a pena escrever
que palavras me poderão mostrar que algo...
algo..algo..
inútil e efémero valerá a pena..
se a cópia também quer sonhar..
se alma julga ser única..
Gostava um dia ser alguém
fechado num caminho
que um dia julgo querer abrir.
Posso ler
a verdade de quem sente..
desesperar por quem me faz sentir..
mas a mentira afirma-se
assim que o erro foge..
Ser compreendido
é inútil
como inútil é pensar..
em ter alma para ser..
Não queria ter de ver
o mundo para alem de mim
gritar à minha própria surdez..
Desejar ser livre
desejar sentir
no que alguem plantou em ti..
mundo tristemente esteril..
E foi só isto..
só a luta
de alguém pelas suas lágrimas
que me deixaram a liberdade de sentir..
Não há medos
nem certezas..
apenas o passar do tempo..
o diluir do que penso
o olhar espectante
com mais um cigarro por entre os dedos.

Tuesday, June 26, 2007

Nenufares





Olha o rio,
o arco iris continuamente solúvel,
olha o mar,
o ódio sempre crescente..
Quando a lua se divide
aos espamos de um menino
perdido do arco-iris, longe do ódio..
choram os pais..
caiem as ervas..
assume-se a distância..
As pessoas passam,
imunes na sua ignorância,
numa precipitação amorfa.
Amorfa,
pois fútil e enlutada.
Leio sobre os que foram,
à sombra de um nenúfar,
adormeço na tela
nas mãos que tocam o arco-iris..
mas vejo-me só no mar..
Quando caiem os nenûfares..
cai um sonho,
porque ningúem morre connosco a sonhar..

Tuesday, April 10, 2007

Ecce Homo

Penso no que vou escrever
e assim me iludo
na visão que me constrói
e na qual me quero esconder..
Ouço o principio
lendas de beleza
vidas sem fim
almas sem coração,
uma continuação dolorosa de nada,
e quero começar..
Andemos,
com as vidas a pairar
à nossa volta,
com a ignorãncia do medo
a dar-nos razão.
Penso que não vou aprender,
que me vou deixar a morrer aos poucos,
confiar na mão que me guia
na mão que me faz sonhar.
Para e chora,
pode ser que vejas tudo a acabar,
e reconheças o que te faz amar..
o nada que é tudo..

Tuesday, January 30, 2007

Felicidade

Caminhamos sozinhos
negamos sentimentos de felicidade
perdidos no dever ou direito de amar..
mas será que interessa..
A vontade de amar
o desejo de uma vida que perdure
de que a dor que sentimos em estar vivos
não passe de uma alucinação
uma dor de cabeça momentânea.
Talvez seja esse o seu sentido
que talvez Nietzche não viveu para entender
que podemos sofrer
viver com medo
chorar e querer morrer
na verdade que só na solidão,
que tudo isto é ilusão
que pelo futuro não existe solução
realmente nao interessa..
que mesmo que o mundo esteja so
que a humanidade se deleite em podridão
apenas a ilusão interessa,
o aprender
o sentir.
Pode ser mentira, mas é o nosso direito.

Tuesday, November 21, 2006

Post-Mortem




Hoje já não guardo rebanhos
já não viajo pelo mundo
já não me falam aqueles que me cruzam
Abraça-me a minha família
presente e passado,
já choram os meus avós que se faz noite.
Vejo os meus pais,
que belo romance me há-de gerar.
Lembro-me da apanha da azeitona,
do sangue embebido pelo suor,
dos risos perdidos..
Tristemente aborrecido
revela-me a noite
da qual fujo,
não do medo,
aprasivel movimento diurno,
reflexo enovoado do meu amor por... ,
mas de mim..
Quando o fogo consome os sonhos,
apenas eu ficarei,
memórias de almas que não nascem
nem tão pouco sentem a morte.
Volto sozinho a mim,
já a noite caiu,
as pessoas já se despediram do caminho,
do caminho que já não tenho,
tenho saudades..mas não, não de mim..
sonho em vê-los ali,
parados na minha enfermidade..
Terei morrido em paz, não sabendo..

Thursday, September 14, 2006

Elegia de Amores Perfeitos


Pensas em viver
deixar quem te ama
acompanhar-te
mas o que desejas sabes
só existir na alma
pela qual o teu coração nao sofre.
A mão que te acaricia
afasta-te
recolhes os teus olhos
fechas as mãos e pensas em fugir,
a adorar cada momento,
nao consegues mergulhar
no que te chama e te consome.
Porque choras?
A história um dia secará
no leito do advento de uma memória
que alguma beleza
tentou fazer por merecer..
Olha como as crianças se riem
neste rodopio,
um carrosel de inocência..
mas enquanto cai a noite
e as folhas esmorecem
por entre as minhas mãos
percebo porque choras..
porque te vejo a gritar..
porque sinto como minha
a inocente queda dos teus olhos..
morreu o teu Deus..
e o teu filho ri..

We are all scared...

Thursday, August 24, 2006

Assexualidade Temporal




A chama que me guiou
diluida no horizonte
quem a vê
me conduzirá..
ao que em mim gosto de encontrar.
Duvido que alguém lá esteja
que alguém carregue estes olhos
num coração que ao bater..
pensamos sentir.
Mais um vez reposarei
as minhas esperanças
no cigarro que se cria a meu lado
e novamente o dia irá nascer
e algo em mim pedirá para descansar..
Nesta dança
de corpos denegridos pelo sol
continuarei sentado..
sentindo a estupidez a flagelar-me o peito
Alma sem corpo,
ouços risos,
lábios que ocultam palavras
que embora silenciosas
me deixam à procura.
um esoterismo dilacerante
que me leve a fechar os olhos,
e me faça acordar..
mas não..
não quero deixar de sonhar.

Monday, July 10, 2006

Liberdade


Escrever em rima
não conheço nada mais fútil
uma paz semântica
contudo inútil.
Há que adorar a ironia
de só quem sente
dizer que por algo morria..
sumo de um coração oco..
a saudade consciente de quem mente..
Vejo idolos por diante..
que lembranças me trazem.
ódio..
talvez liberdade..
mas liberdade?De quem..
Leio palavras mortas
e nem em mim lhes consigo dar sentido..
seria isso dar-lhes vida..
eu também escrevo por linhas tortas..
mas o mistério,
verdade nenhuma porventura..
perde-se em perfeita consciência..
Escrever é inútil
como inútil é sentir
palavras iguais às quem já um dia nelas viveu,
Quero pensar
como um poema sem rima,
viver sem sintaxe
criar ordem nativamente digna,
mas..
sentir mete-me à parte,
o que não me deixa de cansar
porque não acredito que sinta..



Hoje tive um exame que não podia ter corrido pior.. Desperdiçei um boa nota na parte do trabalho..e agora fica para o ano.Quando é que séra que sentir as coisa como as sinto me vai deixar viver..e ter juizo.Como é que uma pessoa que como eu não acredita em nada para além da consciência perder um vida à procura de algo para sentir..

Sunday, June 11, 2006

Um teste que fiz

You scored as Fallen Angel. You my friend are a FallenAngel. You were amongst the closest to God, yet love led you down a path of self-destruction. You find yourself crying a lot, because of the pains of this world. Yes it is very crewl, yet you know there isn't a thing you can do about it. Follow your heart and you will find some of your former happiness.

Fallen Angel

58%

Vampire

42%

You are a Demon

17%

Black Witch

8%

You are a Vampiric Elf!

8%

What creature of the night are you you most like? (Pics!!)
created with QuizFarm.com

Tuesday, May 16, 2006

Filosofia

De que vale ter alma
de que vale aprender a sonhar
querer dar a conhecer o caminho
do qual so conheço o passado..
Em sabedoria
dizem que o tempo apaga mágoas
cura feridas..
o que fazer então quando a ferida é o próprio tempo..
quando nunca mais passa
e tu nao desejas que ele passe..
Gostava de ter uma alma so minha
que ao pensar soubesse o que sentia
não que ao escrever o que sinto
sentir que alguém já o sentiu
será assim verdade...
Há quem diga
que a verdade somos nós que a fazemos
mas que verdade será
reflexo do que corre nas veias
ou do que penso ao criar..
Não há razão
nem para quem mente
nem para quem segue o coração..
nem mesmo para quem acredita que não sente.
A vida é um sonho sem fim
uma eternidade
perdida em cada um de nós
o que lhe faz juz
talvez um cigarro..
A ciência conduz
a arte procura esconder
a música tema em fazer aceitar
que talvez a unica salvação
seja o não sonhar..
pensar e querer dormir..
Chamem-me nomes
gozem a minha filosofia
eu vou continuar a andar..
próximo de mim mesmo
e de quem adoro e vejo amar
Deixem-me ficar...
..Só..
e ai talvez terei o meu destino.

Monday, April 24, 2006

Parabéns

À procura do sonho
o tal começo inesperado
que ao adormecer
foge sem descanso
por alguém que não lhe interessa.
Não nasce o ódio
nem cresce a paixão
o que foi feito do que queria
porque me deixaste sem vontade
sem alma..
a alma é o medo.
o medo que crias em mim
de seres estéril às minhas mãos..
Acordar como sem mais nada para fazer
assisto à passagem destes momentos
como o prelúdio de uma tempestade
da qual te escondes
mas quem em mim nasce em saudade..
Saudade de nada
saudade do que agora foi então
momentos passados
a desejar que não fosse este o momento
que a saudade me abriria as portas
do que um dia desejei que fosse o amanhã
Um poeta menor..
alma talvez imensa..
chamaria-lhe a passagem das horas..
eu chamo-lhe vida..
não há como passar o tempo
sem este prenúncio de destruição..
Beleza nem pagã nem humana..
queria ser perfeito..
aos vossos olhos..
não viver sob esta terra..
engolido e despejado..
viverei...
nem que para isso tenha que aceitar a morte..
Espero..
cansado de dormir..
e com vontade de adormecer..
de descansar esta consciência..
com que gasto os frutos do vosso sofrimento
desejam-me felicidade
uma vida
subjugado pelos vossos credos..
mas não posso..
nunca mais..
com a minha destruição dou valor ao vosso sofrimento..
nada vale a pena...
dar a vida
o último acto de amor..
talvez o único...
não compreendem que só assim..
Abstinência moral
um desperdício,
maior que a vida
maior que a morte..
porque assim é a alma de quem sonha..
Sonhar...
até ao sonhar..

A pensar no que faço..na vida que levo..naqueles que dão a vida por mim..ah e fiz anos..parabens a mim :|
Não ha esperança...so deixar passar o tempo..libertar os outros do fardo da nossa consciência embora não a sintam..

Shape of Despair - Angel of Distress...

Cantico Negro - Jose Régio

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

Thursday, March 30, 2006

Sonho de uma vida

As aspirações de uma vida
sonho sem descanso
brisa efémera na noite
perdida na noite de um sol decandente.
Sonho à deriva
por marés dissolvas em fumo
será o coração
serão as lágrimas nos olhos de um cego
será a perdição da razão
um vulto que cresce do meu medo.
Ver o mundo pelos olhos de Odin
e numa tempestade perder-me nos braços de Thor..
ah não me tentem compreender
não me mostrem beleza.
que eu vivo para o cântico desta musa,
para sempre perdido na minha Elíade..
Agora que me sentiste..
que a tua mão me tocou a cabelo,
não tenho medo..
ah nunca mais..
para sempre o trovador deste sonho
que ninguem me siga.
que ninguem me mostre o caminho..
que perdi quando a vossa consciência matou o meu Deus,
ah sonhem,
sintam e amem..
e serão o meu sol..
a vida que acordado sinto que estou a desperdiçar..

Thursday, March 16, 2006

Adormecer



Ao cair da noite
quando a alma e o mundo
em ti se nega
na escuridão do teu quarto
sentes que podes nascer,
e numa paz que so ao entardecer,
pensar em sonhar.
De quêm será esta dádiva
este toque de realidade éfemera
que amas,
mesmo que na verdade,
de quem ama
te faça sofrer.
Perdido neste cântico de liberdade,
sonho sem consciência
impérios de uma mente que se despede.
O que na minha consciência renego,
nasce insolúvel para um novo dia,
num momento que em solidão
se esconde.
Fecho os olhos
e sinto...sinto...
sem vontade nem agrado
esta dissolução,
o entorpecer de uma alma
que por momentos julguei eterna,
refúgio imprisionado de uma consciência
que me ataca..
Penso em lutar,
fumar e criar...
mas dói em mim este sentimento
de que ao acordar...
não te consigo ouvir,
meu sonho.
Sonho em adormecer tranquilo..


Dedicado a um amigo que descobri que tenho a certeza que vai compreender de uma forma especial o que escrevi.

a ouvir Shape of Despair - Sleeping Murder

Saturday, March 11, 2006

De olhos fechados




Por uma cortina de fogo
amada na sua ignorãncia
perde-se o toque
a visão
que a humanidade jura eterna.
Serão os teus olhos
o climax da imperfeição
o desprender de uma saudade passada
talvez destruida...
talvez amada...
em queda...
para sempre imprisionada.
A perca da humanidade
malvada condição
não será destruição
nem benção
talvez apenas um fechar dos olhos
e abrir do coração.
Será a alma
eternamente perdida
pelas drogas da nossa mortalidade
subjugada pelo reflexo gelado da nossa consciência
ou amada pelo adormecer da realidade
à qual o teu coração
agradece...
um lar.