Misterios antigos
a que juras obediencia
murais de sangue
que se perfilam na tua consciencia
amar
na loucura a tua dependencia.
Ao nascer do sol
se levantam as tuas lagrimas
a revelaçao
do ser imundo que se perfila em ti.
A necessidade de reconstrução
perdida em ti
o atingir a perfeiçao
na beleza de quem sorri.
Mereces apenas solidao
apenas as tuas lagrimas
reflexo da realidade que
julgas criar.
Escondo a minha alma
na escuridao da noite
alimento o meu ser
do lixo que crio.
Todos os que amam
imcompriensiveis ate nas minhas lagrimas.
Apenas a solidao
me deve acompanhar
musa irada das minhas maos
fonte do meu ser
a alma dos meus gritos
por entre os quais me quero perder.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
(Álvaro de Campos)
Sunday, July 31, 2005
Monday, July 11, 2005
Eternidade
Oasis
refugiados em lamentos
pelas lagrimas de poetas
gritos de solidao
rasgam os ceus
e me levam pela mao...
O luto eterno
dos anjos que ousaram viver
e pelas minhas maos
na loucura de os tentar merecer
perecer...
Sonhos de um vandalo
no berço de um desespero
à muito amado
na minha perdiçao
tudo o que me resta
tudo o que sou
e tudo o que me eleva
à horrivel condiçao
de ser..
Estatuas mortas
de poetas longiquos
contemplam o ceu nos meus olhos
e neste mundo de marmore
e decandencia
me sinto vivo.
A pureza da minha destruiçao
me alimenta
da-me força para caminhar
nesta alma
a que apenas a morte faz justiça.
Um vislumbrar de eternidade
no amor de luto
me ajoelho
amo e luto.
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