Wednesday, February 09, 2005

Arvore



Ramificaçoes mortas
forjadas a fogo,
o ti o sol esconde-se,
um ultimo adeus
uma ultima suplica,
deitadas a um mar de lodo,
sujas preces ao teu Deus.
Raizes velhas,
numa terra esteril,
folhas caidas,
mergulhas na noite,
num por do sol sereno.
Minha doce amiga,
como te sinto o desespero,
de nao saberes se acordaras,
como te sinto a calma,
o prazer de teres sentido,
a mais um por do sol teres assistido.
E no entanto iras morrer,
por entre chamas de odio,
desvanecer,
a beleza de uma rosa em chamas,
um ultimo grito por quem amas,
Quero acompanhar-te
beber da tua vida,
caminhar contigo na tua despedida...
confortar-te e amar-te.
Olhos sujos,
alma impura,
em ti recolhes a beleza
que em mim falta,
a alma de uma criança em ruinas,
em ti a certeza,
A tua verdade...
perante o meu ser de mentiras,
as tuas feridas
neste teu amante.
Descansa minha amiga,
ficarei contigo,
seras amada,
faz-me companhia,
nesta tarde fria de fevereiro,
da-me mais uma alegria,
paz no meu desespero,
Amanha contigo para mais um por do sol..


Dedicado a uma arvore que me alimentou com a sua beleza.

Moral da historia - O ribatejo ao por do sol consegue ser um sitio que merece a pena ser sentido ^_^
Um aparte - as maiores felicidades para um amigo neste novo amor que encontrou. Mas o migo ve la nao deixes de escrever ;)

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