You scored as Fallen Angel. You my friend are a FallenAngel. You were amongst the closest to God, yet love led you down a path of self-destruction. You find yourself crying a lot, because of the pains of this world. Yes it is very crewl, yet you know there isn't a thing you can do about it. Follow your heart and you will find some of your former happiness.
What creature of the night are you you most like? (Pics!!) created with QuizFarm.com |
Sunday, June 11, 2006
Um teste que fiz
Tuesday, May 16, 2006
Filosofia
De que vale ter alma
de que vale aprender a sonhar
querer dar a conhecer o caminho
do qual so conheço o passado..
Em sabedoria
dizem que o tempo apaga mágoas
cura feridas..
o que fazer então quando a ferida é o próprio tempo..
quando nunca mais passa
e tu nao desejas que ele passe..
Gostava de ter uma alma so minha
que ao pensar soubesse o que sentia
não que ao escrever o que sinto
sentir que alguém já o sentiu
será assim verdade...
Há quem diga
que a verdade somos nós que a fazemos
mas que verdade será
reflexo do que corre nas veias
ou do que penso ao criar..
Não há razão
nem para quem mente
nem para quem segue o coração..
nem mesmo para quem acredita que não sente.
A vida é um sonho sem fim
uma eternidade
perdida em cada um de nós
o que lhe faz juz
talvez um cigarro..
A ciência conduz
a arte procura esconder
a música tema em fazer aceitar
que talvez a unica salvação
seja o não sonhar..
pensar e querer dormir..
Chamem-me nomes
gozem a minha filosofia
eu vou continuar a andar..
próximo de mim mesmo
e de quem adoro e vejo amar
Deixem-me ficar...
..Só..
e ai talvez terei o meu destino.
de que vale aprender a sonhar
querer dar a conhecer o caminho
do qual so conheço o passado..
Em sabedoria
dizem que o tempo apaga mágoas
cura feridas..
o que fazer então quando a ferida é o próprio tempo..
quando nunca mais passa
e tu nao desejas que ele passe..
Gostava de ter uma alma so minha
que ao pensar soubesse o que sentia
não que ao escrever o que sinto
sentir que alguém já o sentiu
será assim verdade...
Há quem diga
que a verdade somos nós que a fazemos
mas que verdade será
reflexo do que corre nas veias
ou do que penso ao criar..
Não há razão
nem para quem mente
nem para quem segue o coração..
nem mesmo para quem acredita que não sente.
A vida é um sonho sem fim
uma eternidade
perdida em cada um de nós
o que lhe faz juz
talvez um cigarro..
A ciência conduz
a arte procura esconder
a música tema em fazer aceitar
que talvez a unica salvação
seja o não sonhar..
pensar e querer dormir..
Chamem-me nomes
gozem a minha filosofia
eu vou continuar a andar..
próximo de mim mesmo
e de quem adoro e vejo amar
Deixem-me ficar...
..Só..
e ai talvez terei o meu destino.
Monday, April 24, 2006
Parabéns
À procura do sonho
o tal começo inesperado
que ao adormecer
foge sem descanso
por alguém que não lhe interessa.
Não nasce o ódio
nem cresce a paixão
o que foi feito do que queria
porque me deixaste sem vontade
sem alma..
a alma é o medo.
o medo que crias em mim
de seres estéril às minhas mãos..
Acordar como sem mais nada para fazer
assisto à passagem destes momentos
como o prelúdio de uma tempestade
da qual te escondes
mas quem em mim nasce em saudade..
Saudade de nada
saudade do que agora foi então
momentos passados
a desejar que não fosse este o momento
que a saudade me abriria as portas
do que um dia desejei que fosse o amanhã
Um poeta menor..
alma talvez imensa..
chamaria-lhe a passagem das horas..
eu chamo-lhe vida..
não há como passar o tempo
sem este prenúncio de destruição..
Beleza nem pagã nem humana..
queria ser perfeito..
aos vossos olhos..
não viver sob esta terra..
engolido e despejado..
viverei...
nem que para isso tenha que aceitar a morte..
Espero..
cansado de dormir..
e com vontade de adormecer..
de descansar esta consciência..
com que gasto os frutos do vosso sofrimento
desejam-me felicidade
uma vida
subjugado pelos vossos credos..
mas não posso..
nunca mais..
com a minha destruição dou valor ao vosso sofrimento..
nada vale a pena...
dar a vida
o último acto de amor..
talvez o único...
não compreendem que só assim..
Abstinência moral
um desperdício,
maior que a vida
maior que a morte..
porque assim é a alma de quem sonha..
Sonhar...
até ao sonhar..
A pensar no que faço..na vida que levo..naqueles que dão a vida por mim..ah e fiz anos..parabens a mim :|
Não ha esperança...so deixar passar o tempo..libertar os outros do fardo da nossa consciência embora não a sintam..
Shape of Despair - Angel of Distress...
o tal começo inesperado
que ao adormecer
foge sem descanso
por alguém que não lhe interessa.
Não nasce o ódio
nem cresce a paixão
o que foi feito do que queria
porque me deixaste sem vontade
sem alma..
a alma é o medo.
o medo que crias em mim
de seres estéril às minhas mãos..
Acordar como sem mais nada para fazer
assisto à passagem destes momentos
como o prelúdio de uma tempestade
da qual te escondes
mas quem em mim nasce em saudade..
Saudade de nada
saudade do que agora foi então
momentos passados
a desejar que não fosse este o momento
que a saudade me abriria as portas
do que um dia desejei que fosse o amanhã
Um poeta menor..
alma talvez imensa..
chamaria-lhe a passagem das horas..
eu chamo-lhe vida..
não há como passar o tempo
sem este prenúncio de destruição..
Beleza nem pagã nem humana..
queria ser perfeito..
aos vossos olhos..
não viver sob esta terra..
engolido e despejado..
viverei...
nem que para isso tenha que aceitar a morte..
Espero..
cansado de dormir..
e com vontade de adormecer..
de descansar esta consciência..
com que gasto os frutos do vosso sofrimento
desejam-me felicidade
uma vida
subjugado pelos vossos credos..
mas não posso..
nunca mais..
com a minha destruição dou valor ao vosso sofrimento..
nada vale a pena...
dar a vida
o último acto de amor..
talvez o único...
não compreendem que só assim..
Abstinência moral
um desperdício,
maior que a vida
maior que a morte..
porque assim é a alma de quem sonha..
Sonhar...
até ao sonhar..
A pensar no que faço..na vida que levo..naqueles que dão a vida por mim..ah e fiz anos..parabens a mim :|
Não ha esperança...so deixar passar o tempo..libertar os outros do fardo da nossa consciência embora não a sintam..
Shape of Despair - Angel of Distress...
Cantico Negro - Jose Régio
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
Thursday, March 30, 2006
Sonho de uma vida
As aspirações de uma vida
sonho sem descanso
brisa efémera na noite
perdida na noite de um sol decandente.
Sonho à deriva
por marés dissolvas em fumo
será o coração
serão as lágrimas nos olhos de um cego
será a perdição da razão
um vulto que cresce do meu medo.
Ver o mundo pelos olhos de Odin
e numa tempestade perder-me nos braços de Thor..
ah não me tentem compreender
não me mostrem beleza.
que eu vivo para o cântico desta musa,
para sempre perdido na minha Elíade..
Agora que me sentiste..
que a tua mão me tocou a cabelo,
não tenho medo..
ah nunca mais..
para sempre o trovador deste sonho
que ninguem me siga.
que ninguem me mostre o caminho..
que perdi quando a vossa consciência matou o meu Deus,
ah sonhem,
sintam e amem..
e serão o meu sol..
a vida que acordado sinto que estou a desperdiçar..
sonho sem descanso
brisa efémera na noite
perdida na noite de um sol decandente.
Sonho à deriva
por marés dissolvas em fumo
será o coração
serão as lágrimas nos olhos de um cego
será a perdição da razão
um vulto que cresce do meu medo.
Ver o mundo pelos olhos de Odin
e numa tempestade perder-me nos braços de Thor..
ah não me tentem compreender
não me mostrem beleza.
que eu vivo para o cântico desta musa,
para sempre perdido na minha Elíade..
Agora que me sentiste..
que a tua mão me tocou a cabelo,
não tenho medo..
ah nunca mais..
para sempre o trovador deste sonho
que ninguem me siga.
que ninguem me mostre o caminho..
que perdi quando a vossa consciência matou o meu Deus,
ah sonhem,
sintam e amem..
e serão o meu sol..
a vida que acordado sinto que estou a desperdiçar..
Thursday, March 16, 2006
Adormecer
Ao cair da noite
quando a alma e o mundo
em ti se nega
na escuridão do teu quarto
sentes que podes nascer,
e numa paz que so ao entardecer,
pensar em sonhar.
De quêm será esta dádiva
este toque de realidade éfemera
que amas,
mesmo que na verdade,
de quem ama
te faça sofrer.
Perdido neste cântico de liberdade,
sonho sem consciência
impérios de uma mente que se despede.
O que na minha consciência renego,
nasce insolúvel para um novo dia,
num momento que em solidão
se esconde.
Fecho os olhos
e sinto...sinto...
sem vontade nem agrado
esta dissolução,
o entorpecer de uma alma
que por momentos julguei eterna,
refúgio imprisionado de uma consciência
que me ataca..
Penso em lutar,
fumar e criar...
mas dói em mim este sentimento
de que ao acordar...
não te consigo ouvir,
meu sonho.
Sonho em adormecer tranquilo..
Dedicado a um amigo que descobri que tenho a certeza que vai compreender de uma forma especial o que escrevi.
a ouvir Shape of Despair - Sleeping Murder
Saturday, March 11, 2006
De olhos fechados
Por uma cortina de fogo
amada na sua ignorãncia
perde-se o toque
a visão
que a humanidade jura eterna.
Serão os teus olhos
o climax da imperfeição
o desprender de uma saudade passada
talvez destruida...
talvez amada...
em queda...
para sempre imprisionada.
A perca da humanidade
malvada condição
não será destruição
nem benção
talvez apenas um fechar dos olhos
e abrir do coração.
Será a alma
eternamente perdida
pelas drogas da nossa mortalidade
subjugada pelo reflexo gelado da nossa consciência
ou amada pelo adormecer da realidade
à qual o teu coração
agradece...
um lar.
Thursday, February 02, 2006
Espirito
A desejar que o silênçio
se quebre
renegue em pedaços o que
pela minha alma um dia pensei possível.
Vejo distante
o vosso mundo
como que à procura
ao estender a mão
tristemente longíquo
embarco na minha escravidão.
Vejo o verão a nascer
a vida a se desprender
do mundo
e em mim cresce algo
que se sinto
não o consigo escrever.
O alimentar de uma crença
acaba em guerra
despedaçada a esperança
a minha consciência renasce
num colina onde o amor se despede do dia.
E assim vou vivendo
escondendo de mim
a solidão
e por um momento
apenas adorar o sorriso de um novo dia.
Tristemente patético...
quem me dera...
A felicidade é a ilusão que se está vivo.
A ouvir Forgotten Tomb - Kill Life
se quebre
renegue em pedaços o que
pela minha alma um dia pensei possível.
Vejo distante
o vosso mundo
como que à procura
ao estender a mão
tristemente longíquo
embarco na minha escravidão.
Vejo o verão a nascer
a vida a se desprender
do mundo
e em mim cresce algo
que se sinto
não o consigo escrever.
O alimentar de uma crença
acaba em guerra
despedaçada a esperança
a minha consciência renasce
num colina onde o amor se despede do dia.
E assim vou vivendo
escondendo de mim
a solidão
e por um momento
apenas adorar o sorriso de um novo dia.
Tristemente patético...
quem me dera...
A felicidade é a ilusão que se está vivo.
A ouvir Forgotten Tomb - Kill Life
Thursday, January 05, 2006
Dissolução
Sinto como minha
a dissolução de um mundo
que por minha loucura
se renova ao passar da multidão
em cada alma que ao passar por mim
mais me faz acreditar
que nada disto tem razão.
A minha mente é uma abstracção
uma gota de luz
num oceano que sinto apagado
uma ironia
que cantada
se eleva e desaperece
como algo de inútil
o final de um fado.
Sinto em mim tudo
o que à minha volta se destrói
e guardo-o...
com a esperança
bem sei sonho
de que me ajude a te compreender.
Tudo se consome
ao renascer
tudo se dissolve
sem culpa nem remorsos.
ao sentir que quero viver.
E ao sorrir escondo-te
alma minha..
Sim...
Ai Sim..
escondo-te.
Tenho medo do Tempo
que ele de mim leve
o que em ti destrói.
Cinzas nada mais que cinzas..
Este pedaço de texto foi "inspirado" no poema abaixo de Alvaro De Campos(Tabacaria) e em Esoteric.A maneira como as coisas passam por nós, tão cheias de significado e de ideiais acabam por ser destruidas à mercê do tempo.Como diria Alvaro De Campos nada na vida é mais do que um cigarro,um momento no tempo,uma distracção momentânea,um rasgar do véu..uma visão tão querida aqueles que em perfeita consciência sonham.
Gosto de sentir essa dissolução,ácida dirão alguns, mas de momento a única coisa que me da alguma razão.Os sorrisos serão apenas uma mascara,ou a alma a lutar para escapar..
Obrigado ao Sinistrous e ao Sérgio por compreenderem.
a dissolução de um mundo
que por minha loucura
se renova ao passar da multidão
em cada alma que ao passar por mim
mais me faz acreditar
que nada disto tem razão.
A minha mente é uma abstracção
uma gota de luz
num oceano que sinto apagado
uma ironia
que cantada
se eleva e desaperece
como algo de inútil
o final de um fado.
Sinto em mim tudo
o que à minha volta se destrói
e guardo-o...
com a esperança
bem sei sonho
de que me ajude a te compreender.
Tudo se consome
ao renascer
tudo se dissolve
sem culpa nem remorsos.
ao sentir que quero viver.
E ao sorrir escondo-te
alma minha..
Sim...
Ai Sim..
escondo-te.
Tenho medo do Tempo
que ele de mim leve
o que em ti destrói.
Cinzas nada mais que cinzas..
Este pedaço de texto foi "inspirado" no poema abaixo de Alvaro De Campos(Tabacaria) e em Esoteric.A maneira como as coisas passam por nós, tão cheias de significado e de ideiais acabam por ser destruidas à mercê do tempo.Como diria Alvaro De Campos nada na vida é mais do que um cigarro,um momento no tempo,uma distracção momentânea,um rasgar do véu..uma visão tão querida aqueles que em perfeita consciência sonham.
Gosto de sentir essa dissolução,ácida dirão alguns, mas de momento a única coisa que me da alguma razão.Os sorrisos serão apenas uma mascara,ou a alma a lutar para escapar..
Obrigado ao Sinistrous e ao Sérgio por compreenderem.
Wednesday, January 04, 2006
Tributo
TABACARIA - ÁLVARO CAMPOS
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Simplesmente perfeito
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Simplesmente perfeito
Wednesday, December 21, 2005
Ano novo vida nova
Parece que mais um ano esta a chegar ao fim.Este ano para mim por tudo e mais alguma coisa foi um ano bastante diferente.Começei a escrever este blog e tanta coisa que mudou.Para melhor ou para pior na sei bem ainda..acho que o futuro o dira.Embora tenho passado momentos menos bons e eles terem-me ficado marcados talvez mais fundo que seja mentalmente recomendaveis.Espero que o proximo ano seja um romper definitivo com o passado...ver se nao engordo..A felicidade tem esse efeito nas pessoas :)
Este ano foi importante tambem pelos amigos que ganhei e por aqueles que ja o eram deram este ano provas do quão realmente o são.Bem amigos a vida parece tar encaminhada para voçes, só espero que o novo ano continue a trazer-vos a felicidade que encontraram este ano.Bem acho que vamos tar ca para ver o que o ano novo nos vai dar.
Felicidades e Bom Ano Novo.
Monday, December 05, 2005
Outro
Uma vez mais sinto-me a pensar
como alguem que de fora de mim
me chama a gritar.
Na minha janela o dia teima em querer começar
mas em mim so o sentimento absorvo
de tudo o que sou
e assim escrevo..
escrevo porque não ha mais nada..
apenas um sentimento de vazio
marcado pelo meu sorriso
pela beleza que destruo ao pensar
e por em mim algo tanto odiar
que ao dormir nao quero sonhar.
E assim ao som da luz
procuro dormir
em mim fechar-me
porque no rir
apenas mais uma mentira
que por muito que tente nao me seduz.
E assim se passa uma vida
na rotina de uma melancolia
cortejada por uma tristeza
que nasceu alma...
e sem razão...
nao a compreendo..
Sera a vida um engano momentaneo
um fechar de olhos
o extinguir do sonho
às mãos de uma vela
sem mais nada que falar.
Ao querer lutar
desperdiça-se um vida..
tudo o que amei de mim escondi
em mim morrera a destruição
que sofro ao respirar.
A ouvir Esoteric-Grey Day as 7 da manha do dia 6/12/05
como alguem que de fora de mim
me chama a gritar.
Na minha janela o dia teima em querer começar
mas em mim so o sentimento absorvo
de tudo o que sou
e assim escrevo..
escrevo porque não ha mais nada..
apenas um sentimento de vazio
marcado pelo meu sorriso
pela beleza que destruo ao pensar
e por em mim algo tanto odiar
que ao dormir nao quero sonhar.
E assim ao som da luz
procuro dormir
em mim fechar-me
porque no rir
apenas mais uma mentira
que por muito que tente nao me seduz.
E assim se passa uma vida
na rotina de uma melancolia
cortejada por uma tristeza
que nasceu alma...
e sem razão...
nao a compreendo..
Sera a vida um engano momentaneo
um fechar de olhos
o extinguir do sonho
às mãos de uma vela
sem mais nada que falar.
Ao querer lutar
desperdiça-se um vida..
tudo o que amei de mim escondi
em mim morrera a destruição
que sofro ao respirar.
A ouvir Esoteric-Grey Day as 7 da manha do dia 6/12/05
Monday, November 07, 2005
Evora

Quando a esperança parece sucumbir
ao desvanecer do dia
quando o sol leva consigo a vida
que em ti crescia
conseguiras fechar os olhos
e sentir no apertar do peito
a beleza da despedida.
As lagrimas de solidao
de um crespusculo enfeitiçado
apenas um infinito momento
sem passado
apenas com a certeza
de algo a que alguem
chamou um dia de sentimento.
A felicidade
é viver toda a vida num momento
ser folha
levada pelo vento
sem nunca se perder.
Começam os suspiros..
de um funeral perdoado
..
Light will soon fade away...
...
Monday, October 10, 2005
Outono
Sinto a minha alma no ar
sinto o vento que me traz
a saudade no apaziguar
do tempo
na oraçao celestial
o principio no seu fim.
Sinto esta marcha de folhas caidas
esta dança ao som da chuva
este renascer do desejo
na chama que sinto apagada.
Perco-me nesta melodia
das sombras que dançam à minha volta
na companhia
de algo que procuro nao amar
mas que nao consigo sentir
sem ter lagrimas para ofertar.
Adormeço silenciosamente
ao som desta sinfonia
o suspirar de uma terra
ao suspirar pelos seus filhos
que nela se reencontram e que em mim
me mostram a verdadeira alegria
a verdadeira beleza
um laivo de solidao materna.
sinto o vento que me traz
a saudade no apaziguar
do tempo
na oraçao celestial
o principio no seu fim.
Sinto esta marcha de folhas caidas
esta dança ao som da chuva
este renascer do desejo
na chama que sinto apagada.
Perco-me nesta melodia
das sombras que dançam à minha volta
na companhia
de algo que procuro nao amar
mas que nao consigo sentir
sem ter lagrimas para ofertar.
Adormeço silenciosamente
ao som desta sinfonia
o suspirar de uma terra
ao suspirar pelos seus filhos
que nela se reencontram e que em mim
me mostram a verdadeira alegria
a verdadeira beleza
um laivo de solidao materna.
Wednesday, October 05, 2005
Tempo
Velho amigo
que ilusoes plantaste em mim
que mundos me levaste a ver
que alma deixaste a gritar
nas minhas maos
sinto apenas o toque
do teu coraçao.
O que um dia senti
envolto na paz
de sentir
a imortalidade do teu ser
nas lagrimas
que largo sem te compreender.
Companheiro de deuses
quimera de almas
que por ti
na sua abençoada fragilidade
sonham,
vivem e se libertam.
Perdido
num teu suspiro
doi-me a alma
por saber
que de ti
apenas um aperto no meu coraçao.
Nao te odeio
apenas amo-te sem te sentir..
a ouvir MoonSpell - Opium
Tuesday, September 27, 2005
Guerra

Senti-me levado pela mao
encaminhado para um prazer
momentaneo
submerso por uma visao
de alguem que uma noite
me prometeu
a vida num abraço...
Segui-te por entre a noite
chorei ao teu lado
por um nascer
para sempre adiado
no dia em que a tua alma se cumpriu em mim..
Um dia acreditei
que a noite
me revelaria
o que tu me tiraste
no tempo que perdi.
Sera esta guerra
em que tudo perdi
prenuncio de paz
no mar que tudo me levou
espero por mim...
Monday, September 19, 2005
Madredeus
Quando os sacrificios
nos nascem marcados na alma
que fazer
a quem pedir perdao
a quem jurar
que a tristeza
à muito te tomou conta do coraçao.
Quando nos ceus ecoar
o teu ultimo grito
quando a tua ultima esperança
de se dissolver em dor
sera a consciencia
que para a nossa salvaçao
morreste
e viveste em solidao.
Quando nos encontramos
perante nos mesmos
apenas uma vez
que marcas ficam
naqueles com que nos cruzamos
nas almas que tocamos
nas suas lagrimas
que deixaste à tua merce.
Porque partir
porque morrer em solidao
nao sentes quem te criou
quem ao nascer
te fez sorrir.
Por vezes ao seguir um dado caminho traçado no nosso coraçao trazemos dor àqueles que nos amam e que nos moldam como pessoas.Mas que verdade poderemos apregoar nos se nao somos nos mesmos, se nao nos criarmos à nossa imagem.A dor pode ser forte, a solidao imensa mas pelo menos temos a consolaçao de sermos em plenitude.
a ouvir My Dying Bride - The Black Voyage
nos nascem marcados na alma
que fazer
a quem pedir perdao
a quem jurar
que a tristeza
à muito te tomou conta do coraçao.
Quando nos ceus ecoar
o teu ultimo grito
quando a tua ultima esperança
de se dissolver em dor
sera a consciencia
que para a nossa salvaçao
morreste
e viveste em solidao.
Quando nos encontramos
perante nos mesmos
apenas uma vez
que marcas ficam
naqueles com que nos cruzamos
nas almas que tocamos
nas suas lagrimas
que deixaste à tua merce.
Porque partir
porque morrer em solidao
nao sentes quem te criou
quem ao nascer
te fez sorrir.
Por vezes ao seguir um dado caminho traçado no nosso coraçao trazemos dor àqueles que nos amam e que nos moldam como pessoas.Mas que verdade poderemos apregoar nos se nao somos nos mesmos, se nao nos criarmos à nossa imagem.A dor pode ser forte, a solidao imensa mas pelo menos temos a consolaçao de sermos em plenitude.
a ouvir My Dying Bride - The Black Voyage
Friday, September 09, 2005
Chuva

Nao me lembro
quando começei a rezar
para que a chuva caisse
quando começei a desesperar
para que os ceus me purificassem
para que escondessem a dor nos meus olhos.
Quando terei começado a sonhar
com um anjo para me guiar por entre este nevoeiro
refugio da noite
na criança que é o dia.
Porque e que os anjos
se escondem na noite
desaparecem ao fechar do livro
e nas minhas lagrimas renascem.
Quero sonhar com o dia
em que a chuva me leve
me misture com o nevoeiro
me mostre a criança
que perdi no dia
em que começei a caminhar...
Quero comprir a minha profecia
subir às montanhas que sonho
e dormir no nevoeiro
que a tua falta em mim cria.
Saturday, August 20, 2005
Destino
Vida
promessa de sangue
num respirar de desejo
num crescer transcendente
as lagrimas que em ti nascem.
Todo o sonho
nasce em guerra
todo o choro
floresce em
vida por ti
reflectido em mim
no inverno em que nasci.
Chega o outono
com promessas de poesia
o renascer de um vida
que tema em substir
ao levantar da maresia
a minha pequena alma parte
na chuva que renasce em mim
é tempo de crescer.
Tento esquecer
os dias em que o sol
marcou em gritos o meu caminho
na vontade de reconstruçao
de fugir em mim
que me deixou sozinho
entregue a mares de solidao
elidia da minha alma
ate ao reecontro
nas lagrimas
do inverno que perdi.
Tambem o outono se despede
como toda a vida que nasce
em sofrimento
o inverno em mim renasce.
Ate ao dia
em que encontrar a
ultima restea de beleza em mim
ate ao dia
em que a primavera revelar em mim a sua promessa...de morte...
"When April sheds her fitful rain.Glory be we may live again" - My Dying Bride The Prize of Beauty
A ouvir Reclusiam - Enim Corpus Meum
promessa de sangue
num respirar de desejo
num crescer transcendente
as lagrimas que em ti nascem.
Todo o sonho
nasce em guerra
todo o choro
floresce em
vida por ti
reflectido em mim
no inverno em que nasci.
Chega o outono
com promessas de poesia
o renascer de um vida
que tema em substir
ao levantar da maresia
a minha pequena alma parte
na chuva que renasce em mim
é tempo de crescer.
Tento esquecer
os dias em que o sol
marcou em gritos o meu caminho
na vontade de reconstruçao
de fugir em mim
que me deixou sozinho
entregue a mares de solidao
elidia da minha alma
ate ao reecontro
nas lagrimas
do inverno que perdi.
Tambem o outono se despede
como toda a vida que nasce
em sofrimento
o inverno em mim renasce.
Ate ao dia
em que encontrar a
ultima restea de beleza em mim
ate ao dia
em que a primavera revelar em mim a sua promessa...de morte...
"When April sheds her fitful rain.Glory be we may live again" - My Dying Bride The Prize of Beauty
A ouvir Reclusiam - Enim Corpus Meum
Monday, August 15, 2005
Madrugada
Nascemos embebidos
na felicidade
de uma tempestade murda
por entres as flores
de uma inocencia
queimada em sangue
com o romper do sol
que a solidao foi em mim
prenuncio da decadencia
manifestaçao de loucura
os meus olhos choram por Persefone.
Acordamos para o dia
com a inocencia de um coraçao em flor
mas pelos gemidos de um inverno
que tomou em si a minha vida
cresce em mim
o desespero de uma terra
abandonada
à revelaçao de beleza.
A noite enche-me os olhos
esconde-me a alma
na absurda calma
de um diluvio
absorve-me na espera de um outra madrugada
um ultimo suspiro de inocencia.
a ouvir My Dying Bride - Prize of Beauty
Somos navegadores da madrugada.Perdidos entre lagrimas de maresia escondendo-nos na noite mas procurando a luz do dia.Talvez seja nas madrugadas que possamos viver em paz com a nossa alma com a noite a esconder os nossos medos, a nossa alma nojenta e da-nos um visao de paz.Longiqua onde param os nossos olhos e onde os nossos coraçoes desejariam estar."O meu ser habita na noite e no desejo.A minha alma é uma lembranca que habita em mim".
na felicidade
de uma tempestade murda
por entres as flores
de uma inocencia
queimada em sangue
com o romper do sol
que a solidao foi em mim
prenuncio da decadencia
manifestaçao de loucura
os meus olhos choram por Persefone.
Acordamos para o dia
com a inocencia de um coraçao em flor
mas pelos gemidos de um inverno
que tomou em si a minha vida
cresce em mim
o desespero de uma terra
abandonada
à revelaçao de beleza.
A noite enche-me os olhos
esconde-me a alma
na absurda calma
de um diluvio
absorve-me na espera de um outra madrugada
um ultimo suspiro de inocencia.
a ouvir My Dying Bride - Prize of Beauty
Somos navegadores da madrugada.Perdidos entre lagrimas de maresia escondendo-nos na noite mas procurando a luz do dia.Talvez seja nas madrugadas que possamos viver em paz com a nossa alma com a noite a esconder os nossos medos, a nossa alma nojenta e da-nos um visao de paz.Longiqua onde param os nossos olhos e onde os nossos coraçoes desejariam estar."O meu ser habita na noite e no desejo.A minha alma é uma lembranca que habita em mim".
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